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quarta-feira, 31 de julho de 2024

Aldeia de Quintandona - Símbolo da Festa do Caldo de Quintandona


Esta lenda começa com a mãe do Jebo:
“uma velha que de tão feia que era, nunca havia casado”. Com vergonha da troça do povo, a velha desapareceu para os montes em redor da aldeia e “vivia do que colhia, e do que conseguia roubar”. Ia observando os moradores de Quintandona “que a tinham desprezado e ia lançando esconjuras e feitiços a todos”.
Mas a velha tinha um sonho: ser mãe. Por isso, procurou uma bruxa e fez um acordo, trocando a alma por um filho. “Ao fim d’ano, assim como as burras, a velha deu à luz, mas ao invés de uma criança pariu uma criatura medonha!!! Um jebo!!! Um filho da noite que sem obedecer a nada nem a ninguém, era o terror dos habitantes das redondezas. O que de dia colhiam, de noite ele roubava. O que ao sol semeavam à lua ele estragava. E saltava de telhado em telhado, uivava, grunhia, e à noite, mesmo cansados, ninguém dormia”, reza a lenda do Jebo de Quintandona, meio humano, meio diabo.
Foi então que “o mais velho dos velhos da aldeia” se lembrou que “com a segurança de um caldo quente e forte cuja receita ainda é um segredo, era possível lançar as cordas e apanhar qualquer criatura do demo”.
Assim fizeram e o Jebo foi levado à justiça do povo, dando origem a três dias de festa. Ao fim, decidiram soltar o Jebo, “porque perceberam que o bicho não tinha culpa de nada, era a sua natureza”.
É por isto que, todos os anos, em Quintandona, se prepara “um caldo mágico” e se prende o Jebo."
 
(retirado de https://www.verdadeiroolhar.pt/a-entrevista-que-faltava-conheca-o-jebo-de-quintandona/)

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