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sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Santa Marta de Penaguião - lenda de Santa Marta de Penaguião


Há muitos, muitos anos, um cavaleiro francês, Conde de Guillon, após invadir as terras desta região, mandou incendiar a capela de Santa Marta.
Consumado o ato, apareceu-lhe Santa Marta para o castigar.
Como pena a Santa ordenou-lhe que cuidasse da terra e plantasse uma vinha.
Humilhado pelo ato praticado, o Conde arrependeu-se e tapou os olhos para não ver a aparição.
Quando abriu os olhos, tinha a seus pés um corvo, ave de mau presságio, de acordo com crenças antigas, símbolo do mau agoiro que, com o seu grasnar, pressente a morte .
Ao sentir a morte próxima, o conde cumpriu a penitência e entregou-se ao trabalho da terra e à plantação da vinha.
À medida que o tempo foi passando, ele começou a gostar do seu trabalho.
Quando chegou a hora da vindima, ele ficou cheio de alegria, porque nunca tinha produzido nada na vida.
Da vinha plantada pelo cavaleiro fez-se uma grande vindima.
Para se redimir do mal que havia causado, lembrou-se de oferecer a Santa Marta as uvas, fruto do seu suor, e em vez de um corvo, apareceram-lhe pombas brancas e um cordeiro, símbolos da paz e da reconciliação.
A Santa perdou-o.
E, desde essa altura, a localidade passou a ser conhecida como Santa Marta de Pena (castigo) de Guillon. Segundo a tradição popular, veio a dar “Santa Marta de Penaguião”.

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